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QUANDO O GÊNIO DA GARRAFA RESOLVE SAIR E SE DESPIR PARA O MUNDO

  • Foto do escritor: Agência ID
    Agência ID
  • 15 de nov. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 27 de nov. de 2019


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Durante esse período a cantora adotou o alter-ego "Xtina", como forma de mostrar um lado mais ousado e sensual da sua persona

Era o ano de 2002 e muitas artistas que vinham da explosão do pop adolescente, entre o final dos anos 90 e o início dos anos 2000, ainda não haviam amadurecido - talvez esse também não fosse o desejo de seus empresários. Inúmeros eram os fatores que faziam culminar nisso e as cantoras que eram bonitas, dançavam, cantavam e estavam sempre alegres, vendiam.


Porém, o jogo mudou em outubro daquele ano, quando a cantora norte-americana Christina Aguilera lançou o seu segundo álbum de estúdio, o Stripped. Totalmente diferente do seu primeiro disco, que era um som chiclete, voltado para um público mais adolescente, alegre e jovial, o segundo trabalho tocou em assuntos jamais explorados, causando controvérsia desde o lançamento do seu primeiro single, a explosiva ‘Dirrty’ - sim, com dois “r” ao invés da ortografia correta, Dirty - com o visual extravagante e ousado da cantora, com roupas extremamente provocantes. Os críticos não aceitaram, de imediato, que uma artista de 21 anos dissesse ao mundo o que sentia e tivesse total controle criativo de um projeto. E Christina foi lá e o fez, sem ligar para o que diriam ou pensariam ao seu respeito.


O álbum aborda diversos temas que, naquela época, eram considerados tabus; sexo casual, liberdade, feminismo, depressão, empoderamento e violência doméstica, são os principais conteúdos líricos do disco. Imagina uma mulher, com 21 anos, abrindo o seu coração, expondo suas opiniões e despindo todos os seus sentimentos perante o mundo? Era algo totalmente inadmissível e assustador (notável por conta da reação dos críticos e da sociedade).


Considerado longo, por conter vinte faixas – entre elas algumas interludes - o disco contém elementos de pop, rock, gospel, soul e R&B. Com um pouco mais de uma hora de duração, é uma conversa franca e objetiva com o ouvinte, falando sobre altos e baixos e superação.


Além de demonstrar poderosos vocais nesse projeto, Christina mostra a sua habilidade em composições, que refletem com o ouvinte a importância do autorrespeito, com canções que abordam os direitos das mulheres em ‘Can’t Hold Us Down’, a se reerguer, após alguma queda profissional ou sentimental em ‘Fighter’, e a se amar, independente do que as pessoas digam ou pensem sobre você, como o grande hit, ‘Beautiful’.


Stripped é mais do que o crescimento pessoal e profissional de Christina Aguilera. Ele é a sua obra-prima e mostra o quão a frente do seu tempo uma mulher, de apenas 21 anos, já estava no início da década de 2000. Para os ouvintes que buscam canções inspiradoras, reflexivas e autobiográficas, esse é o melhor do lote. Stripped não é despir-se visualmente, mas sim, emocionalmente.



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Na Arábia Saudita as versões do disco tiveram a imagem censurada, com roupas longas cobrindo o corpo da cantora

Christina Aguilera é uma cantora norte-americana, atriz, compositora, empresária e filantropa. Vencedora de cinco prêmios Grammy, já vendeu mais de 75 milhões de discos ao redor do mundo. É defensora e participa de causas LGBTQ+ e do World Food Programme, em combate à fome.


Em 2008, Aguilera foi colocada na 58ª posição da Rolling Stone em uma lista dos “100 Melhores Cantores de Todos os Tempos”. No ano de 2013, a Revista Time a nomeou em sua lista anual como uma das 100 Pessoas Mais Influentes.


Tem como discos aclamados pela crítica o “Back to Basics”, com toques retrô dos anos 20, 30 e 40 e o mais recente, o “Liberation”, de 2018, com influências de R&B e Hip Hop.

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